As notícias vinculadas
na imprensa sobre a morte de adolescentes que se afogaram em uma lagoa no
bairro Guaraciaba, município de Santo André, chocaram não só os familiares dos
jovens, mas também de grande parte da população que não se conformam com o
descaso das autoridades em não dar uma solução para frear as constantes mortes
no “Tancão da morte” – como é conhecido na região.
O local era
uma antiga estação de extração de areia nos anos 70 e devido as constantes escavações
no solo, surgiram mais de 50 minas d´agua, elevando a água subterrânea ao nível
do tanque, inviabilizando então a atividade extrativista. Como o local ficou
abandonado, virou atrativo para moradores em querer usufruir das águas advindas.
Várias
promessas de campanhas eleitorais sugeriam a criação do Parque do Guaraciaba, quando
no início dos anos 90, na gestão do então prefeito Celso Daniel, construíram no
local quadras poliesportivas, guaritas de segurança e área própria para
natação. Porém a realidade durou pouco, pois a área de 500.000 metros quadrados
foi fechada devido a um imbróglio judicial em que não houve acordo entre os
antigos proprietários da área e a prefeitura local.
As mortes por
afogamento continuaram a ocorrer.
Com o recente caso dos adolescentes mortos, surgiram novas perspectivas sobre o futuro da área. O atual prefeito Carlos Grana (PT-SP avalia projetos que vão desde uma PPP (Parceria-Público-Privada) para a ampliação do local para fins de aterro sanitário e depósito de entulho, até a construção de apartamentos populares. Questionado sobre a criação de um parque propriamente dito e a região ser carente de espaços de recreação e de lazer, Grana disse que a informação também está inclusa na pauta da administração municipal, responsável em avaliar os estudos.